Voz normal
Antes de começar esta crónica sobre trombas de água em Lisboa...
Voz de caixa central de supermercado em anúncio.
Pede-se aos proprietários dos veículos estacionados em Sete Rios que se dirijam junto dos mesmos, já que estão a bloquear o fluxo de água proveniente do Eixo Norte/Sul.
Antes de sair, aproveite a nossa promoção de bóias de braços da Hello Kitty a €1,99 o par. O proprietário de um Honda Civic cinzento tem um fato escafandro à sua espera na caixa central.
Voz normal
Agora sim! Assim que ouvi falar em cascatas de água em Lisboa, pensei... vou já buscar o calção de banho porque reabriram o Aquaparque.
Mas não, afinal a sempre-fervilhante-de-eventos-políticos-Lisboa, teve este sábado mais um fantástico exemplo de cosmopolitismo digno de qualquer capital europeia: Uma cascata de água cuidadosamente encenada em Sete Rios, cortesia do Eixo N-S.
Presidente, vereadores e imbecis em geral foram contactados para comentarem o evento.
O presidente António Costa, a quem (derivado desta crónica) aproveitei para solicitar um T4 com rendas controladas, e escusando-se a comentar se o projecto do viaduto terá sido efectuado num Magalhães, declarou que este evento demonstra o total compromisso do governo com a política de energias renováveis, nomeadamente a hídrica, estando desde já reunida uma comissão a fim de estudar a implementação de turbinas por baixo do viaduto de Sete Rios.
Já o vereador Sá Fernandes abriu o telefonema com o incondicional apoio a tudo o que o António Costa possa ter dito e finalizou com as palavras soltas Aquecimento Global e Casamento Homossexual, não fosse eu ter esquecido que foi eleito pelo Bloco de Esquerda.
O camarada Ruben de Carvalho rolou numa lengalenga de linguagem indecifrável, pontilhada de quando em vez com a palavra “trabalhadores”. Desliguei porque tinha a vereadora Helena Roseta em espera. Ligou para dizer que, embora não saiba bem em relação a quê... está contra!
O centrista Telmo Correia quis deixar bem vincado de que precisamos de mais segurança, já que isto é claramente obra de infiltrados da Al Qaeda na Estradas de Portugal a fim de derrubar as Twin Towers de Sete Rios.
Do Fernando Negrão, solidário com a estratégia política da sua líder, não se ouviu palavra, assim como de Câmara-Pereira que estava aparentemente ocupado com coisas. O Carmona tinha caído de bicicleta e o líder do PNR apenas mencionou que não podia falar já que estava a ser revistado para poder levar maços de tabaco e dois tubos de vaselina ao líder dos Hammerskins Mário Machado. Ligaria depois.
Já o eterno candidato a tudo o que contenha uma casa como parte do pacote salarial, Pedro Santana Lopes, afirmou que aquela coisa tem a mão dele, inserida numa política de iniciativas de animação da cidade.
Parece que baptizou este evento de enxurradas com carros, Rafting Urbano.
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